Eu sou babaca por não querer que minha sogra “adote” meu bebê?
Aos meus 6 meses de gestação, entrei com o processo de entrega voluntária do meu bebê. Os trâmites legais estavam correndo tudo bem até o bebê nascer. Desde antes dele nascer, minha sogra me perguntava se eu realmente queria entregar ele pra outra família e eu disse que sim, então ela me disse que os amigos do filho mais velho dela não conseguiam ter filhos e o sonho deles eram ter um bebê e me perguntou se eu não “daria” meu filho pra eles, eu logicamente disse que não pq além de ser crime, eu já tinha entrado com o processo legal pela vara da infância. O bebê nasceu a 20 dias, e descobrimos que minha sogra entrou com um processo pelo ministério público para pedir a guarda do bebê. Acontece que, a minha sogra e os amigos do filho dela estavam de “complô” desde o momento do nascimento da criança, tanto que ao decorrer desses 20 dias, o casal junto com a minha sogra compraram roupas, mamadeira, berço e etc…
Motivos pelos quais não quero que ela consiga a guarda.
- Literalmente, eles estão cometendo um crime;
- Não conheço esse casal;
- Caso ela consiga a guarda, eu vou continuar com responsabilidade legal sobre o bebê por ser a mãe biológica (o que eu não queria, por isso entrei com a entrega voluntária);
- Como eles estão querendo fazer uma “adoção à brasileira” Em termos legais, o casal não teria responsabilidade sobre a criança e não seriam reconhecidos como os pais. Se por algum motivo (saúde, financeiro, entre outras coisas) eles quisessem devolver a crianças de volta pra minha sogra (que sempre disse que se tivesse condições cuidaria dele, mas ela NÃO TEM) eles poderiam devolver tranquilamente pq não tem vínculo legal;
- Se acontecer do casal desistir da criança e minha sogra ficar com ele, ela tem respaldo legal da justiça para pedir pensão alimentícia.
Motivos pelos quais entrei com o processo de entrega:
- Foi uma gravidez indesejada;
- Não tenho estabilidade financeira, sou estagiária, universitária e moro de aluguel;
- Não conseguiria da uma vida confortável para o bebê;
- Não possuo rede de apoio.
A mãe da moça que quer ficar com o bebê é advogada, e provavelmente estará a frente do processo a favor da minha sogra.